Por que mulheres (não) são eleitas?
Clara Araújo – Universidade Estadual do Rio de Janeiro-UERJ
Manuela D’Ávila – Deputada Federal -PCdoB-RS
Coordenação: Sofia Cavedon - Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre-PT
-Estados mais conservadores são os que elegem mais mulheres. Parece estranho à primeira vista, mas se explica pela "eleição casada", por exemplo, o marido se elege senador e a esposa deputada
-Há uma definição histórica dos "lugares" a serem ocupados pelas mulheres, ações afirmativas de gênero e políticas e investimentos voltados a esse tema dão resultados. A professora citou como exemplo países do Norte Europeu que aumentaram a porcentagem de mulheres no Parlamento assim, e sem cotas partidárias. A discussão sobre as cotas para mulheres aparecem em praticamente todos os debates, Clara Araújo afirmou que cotas não funcionam em lista aberta.
-Senado é onde as mulheres têm mais chance de se elegerem. Isso se explica porque senadores são eleitos pelo sistema majoritário e não pelo proporcional.
-Pesquisas descartam "preconceito" em votar em mulher
- A variável mais importante para a reeleição de um político é já estar na política, o que leva "inércia eleitoral", problema que acho que deve ser combatido por uma maior democratização interna dos partidos (PT e PMDB são com mais democracia interna). Recentemente, uma das propostas do 4º Congresso Nacional do PT foi a de limitação de reeleição, proposta interessante.
Miguel Serna – Universidad deLa Republica– Uruguai
Robert Funk – Universidad de Chile
Socorro Braga – Universidade Federal de São Carlos- UFSCar
Coordenação: Adeli Sell – Vereador -PT-Porto Alegre
De onde vêm os representantes do Brasil?
Adriano Codato – Universidade Federal do Paraná – UFPR
Eliana Reis – Universidade Federal do Maranhão- UFMA
Ernesto Seidl – Universidade Federal de Sergipe- UFS
Igor Grill – Universidade Federal do Maranhão – UFMA
Coordenação: Sebastião Melo – Vereador PMDB – Porto Alegre
Adriano Codato comparou pesquisas sobre a mudança parlamentar a partir da eleição de 2002:
-Quanto mais heterogêneos os dirigentes, mais democracia-2002: há uma queda no percentual de "políticos profissionais", ressalta que foi uma mudança conjuntural e não estrutural
-2006: eleição maior de empresário desde 1986
Igor Grill falou sobre sua tese de doutorado em que tratou de "famílias" de políticos gaúchos, as quais podem ser diferenciadas nos grupos:Ingressam na política a partir do Estado Novo. Maioria passa pela UFRGS. Apresentam "vocação pública"
b) Empreendedor-Descendentes de imigrantes
Maioria passa pela PUC. Apresentam "vocação para empreendedorismo e trabalho comunitário"
c) Sindical-Estudantil
Ingressam na política a partir de 1970. Apresentam "vocação missionária"
Os políticos se mostram exemplares dessa representação/família acrescidos de alguma "extraordinariedade"
Igor Grill também apresentou comparações entre Maranhão e Rio Grande do Sul:39% teve como primeiro cargo vereador e 28% como deputado
MA:
Nenhum comentário:
Postar um comentário