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sábado, 6 de novembro de 2010

O futuro e a democratização do conhecimento

Vídeo tirado do Autores e Livros:

Entrevista de Bruno Dorigatti com o historiador Robert Darnton, diretor da Biblioteca de Harvard, para o portal Saraiva Conteúdo.

A produção de livros impressos aumenta a cada ano e, em breve, teremos um milhão de títulos novos a cada ano. Portanto, a ideia de que o livro morreu me parece absurda.
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Vamos fazer uma conferência em Harvard e queremos criar uma grande coalizão de pessoas que irá pagar e criar uma biblioteca digital nacional, tão grande quanto a do Congresso e que seria internacional e de graça
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Eu acredito muito na "República das Letras", um mundo internacional de conhecimento aberto a todos, igualitário, sem polícia, sem fronteiras, sem culturas separadas...E sim um tipo de território comum cultural aberto a todas as pessoas do mundo



terça-feira, 27 de julho de 2010

A renovação das mídias

Matéria de Rachel Duarte, no Sul 21 de hoje:

Nassif explica porque a Internet derrubou o poder dos “formadores de opinião”

Nos dias 21 e 22 de agosto, em São Paulo , acontecerá o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas. O objetivo do evento é contribuir para a democratização dos meios de comunicação e fortalecer as mídias alternativas, que vem ganhando forte espaço e credibilidade nos últimos anos.

O Jornal Brasil Atual (Rede Brasil Atual) entrevistou o introdutor do jornalismo eletrônico no país e premiado pela Academia Ibest por ter o melhor blog de política no Brasil: o jornalista Luis Nassif.

Confira os melhores momentos da entrevista, editados pelo Sul 21:

Jornal Brasil Atual - Há de fato uma expansão dos blogs e da mídia chamada alternativa? Por que que mudou?

Primeiro, porque todos passaram a estar na mesma plataforma hoje (jornalões, portais,blogs). Depois, você tem a mídia tradicional ou a velha mídia, nos EUA, Europa e aqui tinha um conjunto de truques para lidar poder político, que a blogosfera começou a desmascarar. Então fazer falsos escândalos ou manipular ênfases são desconstituídas na rede. A subordinação de todos os fatos à influência dos interesses das organizações e grandes empresas donas dos jornalões e da televisão perdeu esse poder absoluto. Acabou o monopólio, até mais cedo que eu estimava. A maioria das pessoas bem informadas não tem mais seu líder, aquele que forma sua opinião.

A maioria das pessoas não quer mais ter sua opinião formada por indução de determinado veículo, eles tem acesso à Internet e querem eles próprios buscar informações e formar suas opiniões.

Jornal Brasil Atual - Parece que hoje é uma pauta só não é?

Você veja que 90% das denúncias são factóides ou denúncias falsas. E quando digo falsas quero dizer que ou não existem ou são episódios corriqueiros que são colocados como manchetes. E isso é desmontado com facilidade pela falta de consistência e em meia hora na Internet.

Jornal Brasil Atual – Você veio de longa experiência de jornal impresso, trabalho na Folha de São Paulo e saiu de lá para ter um espaço que você não estava tendo? Você já dominava a Internet?

Eu fui o primeiro da minha geração a trabalhar com Internet. Nos final dos anos 80, a empresa Dinheiro Vivo foi a primeira a trabalhar com informações online. Em 90, fomos os primeiros a trabalhar com emails, pelo sistema notes. Em 2003, fui o primeiro a trabalhar com um sistema de redes sociais, onde as pessoas discutiam políticas públicas fazendo um cadastro. Mas foi quando sai da Folha que vi na Internet um meio em expansão.

Jornal Brasil Atual - Você considera a Internet como o meio democrático então?

Totalmente. Acabou aquele negócio do repórter dono da informação. Nos jornais, o repórter entrevista alguém e volta para a redação e edita o que ele irá publicar. Nos blogs se você faz isso, os leitores estão ali para antagonizar e se você publica algo leviano eles vêm e te “descem o pau”. Então, o jornalista deixou de ser o dono e passa a ser o organizador das informações, que é o papel que tem que ser.

Quando eu comecei o blog eu pegava essas manchetes sensacionalistas e denunciava. Hoje os leitores denunciam. O que infunde hoje não é mais o temor da grande imprensa é o ridículo que elas podem passar.

O Globo é o maior exemplo de como a imprensa escrita foi abandonada pelo público. A CBN tem uma bela estrutura de rádio, o G1 é qualificado, mas o O Globo depende do impresso e virou um pasquim de quinta categoria. Porque depende do papel exclusivamente e isso não interessa mais.

Está havendo uma adequação dos veículos, como a editora Abril. A Revista Veja, por exemplo, que depende de assinaturas está ciente que isso é decadente e resolveu montar um portal para trabalhar informações diárias. Mas isto é uma coisa que eles nunca fizeram e ainda vão competir com G1 e UOL sem ter a menor vocação. Então não tem pé nem cabeça isso. A Folha é outra, mas pode ser salva pela UOL. O Jornal do Brasil acabou agora é só online. A realidade está aí.

Com informações da Rede Brasil Atual

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Malvado

Pego do Autores e Livros entrevista feita por Bruno Dorigatti e Ramon Mello pro Saraiva Conteúdo, com André Dahmer do ótimo Malvados

“Tenho vários problemas, não consigo me deslocar de carro, de avião. Então meu mundo também é ter coragem, para fazer o mínimo que consigo fazer. A questão de carreira, eu não sou exatamente um alpinista de carreira. ‘Ah, agora eu tô fazendo isso para depois fazer aquilo.’ Faço mais porque preciso. Que bom que veio o dinheiro, consigo receber pelo que faço. Sei que muita gente não consegue. Hoje, quando vou à uma universidade falar, a pergunta que sempre me fazem e nunca deixam de fazer é: ‘Como ganhar dinheiro?’ Nunca deixaram de fazer essa pergunta. E ganhar dinheiro é uma coisa facílima, na verdade. Você abre um apartamento em Copacabana, bota cinco putas e fazer 20 mil por mês. Ou, se você só tem 20 reais, compra uma caixa de cerveja e, quando voltar de noite pra casa, vai ter 40 reais.”