domingo, 1 de agosto de 2010

Considerações Iniciais - Política I

Resolvi começar o Considerações Iniciais Política de uma forma nada teórica, para justamente mostrar que a Política está em tudo. Segundo a Wikipedia, que consultou o Houaiss, Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa).

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo – Bertold Brecht

(Encontrei outra versão da citação de Brecht na internet com o final que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. Não sei se há realmente duas versões, por isso deixo as duas aqui.)

O longa de animação Lutas, com previsão de estreia para 2011, conta a história do Brasil de um modo diferente. O protagonista vive 600 anos em quatro fases: é um índio Tupinambá na chegada dos europeus; um líder da Revolta da Balaiada no Maranhão do século 19; um militante da luta armada contra a ditadura militar e, no futuro, em 2090, um jornalista em visita a um Rio de Janeiro alagado, com problemas de abastecimento de água. Selton Mello e Camila pitanga dão voz aos personagens principais. Direção de Luiz Bolognesi e Daniel Sampaio.

Mas os vídeos que coloco aqui não são propriamente do longa, mas dos extras que sairão no DVD


Grandes pensadores brasileiros, doutores em filosofia, psicologia, economia, história e sociologia, como Eduardo Gianneti, Olgária Mattos, Laura de Mello e Souza e Contardo Calligaris, ao lado de grandes protagonistas políticos, como Lula, Fernando Henrique Cardoso, Marina Silva e Soninha, e livres-pensadores egressos dos movimentos sociais, como Ferrez, Júnior do AfroReggae, João Pedro Stédile e Esmeralda Ortiz, analisam a realidade brasileira em pé de igualdade.

(Informações da TV Brasil, Do Estadão, do G1 e da Buriti Filmes)


Essa é a maneira como nós produzimos uma ideia de que não somos de fato a melhor coisa do mundo, mas esse país é especial. Essa ambiguidade, um pouco esquizofrênica que marca o discurso brasileiro. Ao mesmo tempo em que somos cronicamente inviáveis, somos deliciosamente felizes na nossa inviabilidade crônica. – Leandro Karnal


A escravidão deforma terrivelmente o modo de pensar do ser-humano. Se você não é dono nem do seu corpo, o que que você pode fazer para melhorar o seu futuro? – Eduardo Gianetti


Os americanos universalizaram o ensino fundamental na década de 90, do século XIX. O Brasil comemorou a universalização do ensino fundamental na década de 90 do século XX. Nós acumulamos um século de atraso num passo elementar da vida civilizada e ainda foi comemorado aqui. Não é uma coisa pra se comemorar, é uma coisa pra se morrer de vergonha. – Eduardo Gianetti


É um absurdo, por exemplo, os prédios do Brasil que ainda se constroem com elevador de serviço e elevador social. Isso é uma reprodução da sociedade escravocrata. A classe média brasileira aceita que uma pessoa te faça comida, que o alimento é uma coisa sagrada, mas não aceita que ela apareça em público no mesmo elevador contigo. Isso é uma estupidez, mas revela a natureza ideológica da classe dominante brasileira. - João Pedro Stédile


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